"É por isso que a F1 é tão cautelosa ao admitir novas equipes", diz Krack
- Vicente Soella
A FIA se diz a favor da entrada de novas equipes no grid da F1 e por isso abriu uma rodada de inscrições para que as partes interessadas entrem na categoria a partir de 2026. A FOM e as equipes existentes estão menos entusiasmadas com essa ideia e o chefe da equipe Aston Martin, Mike Krack, explica o motivo.
Pouco se sabe sobre o assunto
Pouco antes do início das férias de verão, Mohammed ben Sulayem, o presidente da FIA, anunciou que haverá clareza sobre as novas entradas para o grid da Fórmula 1 de 2026 dentro de seis semanas. No paddock durante o Grande Prêmio da Bélgica em Spa-Francorchamps, Krack disse ao GPblog e a outros que as equipes também ainda estão ouvindo pouca coisa sobre o assunto vindo da FIA.
"Estamos na mesma posição que vocês [a imprensa]. Sabemos que há esse processo em andamento. Também sabemos que a F1 é atraente e é por isso que há muitos candidatos. Acho que o que também é um indicador para a F1 é que as últimas equipes que entraram já desapareceram", disse o chefe de equipe.
O motivo
Krack explica por que a Fórmula 1 é cuidadosa com o recrutamento de novas equipes: "Acho que um dos pontos principais é que eles não querem que as equipes entrem e saiam. Acho que é por isso que deve haver um processo cuidadoso. Como eu disse, não estamos realmente envolvidos nisso. Temos apenas que aceitar o que acontece".
Além dessas críticas que Krack menciona à Fórmula 1, há também um obstáculo financeiro para que as equipes admitam novos interessados no esporte. Com a expansão do grid, a distribuição do prêmio em dinheiro passa a ser diferente. Enquanto as novas equipes não fizerem uma grande contribuição, as equipes existentes perderão dinheiro com a entrada de um novo time. Atualmente, a FIA usa uma taxa de inscrição de US$ 200 milhões, mas as equipes existentes gostariam que fosse de US$ 500 milhões.